Sustentabilidade: Por quê? Para quê? Para quem? – 13/03/2017

Quando fui convidada pelo Grupo Ecogreen para espalhar ideias através de seu blog, me senti imensamente honrada em apoiar uma iniciativa tão condizente com minha vontade mais profunda de ajudar esta grande virada de consciência da qual o Brasil e o Planeta tanto necessitam. Para começar a espalhar ideias, porém, senti a necessidade de iniciar trazendo a profundidade do conceito de sustentabilidade com o qual gosto de trabalhar e, então, me atrevo a jogar palavras num mundo onde as imagens e atitudes parecem mesmo dizer mais.

O termo “Sustentabilidade” (do latim: sustentar, cuidar) vem sendo usado desde 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, onde foi elaborado um Plano de Ação para melhoria do ambiental natural do planeta. Em 1992, no Rio de Janeiro, a ECO-92 (precursora da Rio+20) consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável, concretizando a possibilidade da junção dos conceitos de meio ambiente e desenvolvimento.

É comum, atualmente, o uso deste termo sem um real envolvimento com a causa, visando-se apenas o desenvolvimento econômico. A palavra sustentabilidade se tornou um modismo ou mesmo uma estratégia de marketing. Neste sentido, surgem produtos ditos “eco”, que não passam, porém, por uma análise consciente e detalhada, dentro da visão holística (abrangente) do meio ambiente, sociedade e economia.

Indo mais afundo, perguntamos: “Sustentabilidade: por quê, para quê e para quem?”.

Para responder a estas perguntas, é preciso primeiramente refletir sobre “Como seria a Sustentabilidade?”. Quando se mergulha na ética da sustentabilidade, percebe-se que ideias inovadoras que se sustentem devem ser: simples, justas, verdadeiras, diversificadas, criativas, unificadoras, saudáveis, inteligentes, seguras e também divertidas, bonitas, agradáveis, amorosas, felizes, tranquilas.

De fato, nosso consumo é o nosso maior voto. E se aprendermos a fazer uma análise mais ampla e crítica dos produtos, poderemos aprender a consumir produtos que sejam mais justos e que tragam boas consequências à realidade. Perguntas essenciais seriam:

Quais outras perguntas você poderia adicionar a esta lista? Será ótimo ter sua contribuição nos comentários deste post.

Porém, a sustentabilidade não se trata apenas de obter produtos sustentáveis, mas também de ser e fazer escolhas conscientes. Trata-se de como quebrar um padrão cultural onde a mídia e a sociedade cultuam os descartáveis, a pressa, o “mais fácil”, o “mais barato”, as “fast food”, o stress, a zona de conforto e a competição para estimular uma cultura de permanência, consciência, tranquilidade, saúde, “slow food”, alegria, cooperação.

O fato é que muitos de nossos hábitos diários estimulam a crise atual planetária. Enquanto nosso investimento em hábitos e produtos saudáveis os tornam mais e mais acessíveis, práticos e reais.

Temos, então, a nossa primeira resposta: “Por quê?”. Porque a crise global está instalada, com reflexos intensos no Brasil, onde é tão fácil ver a desigualdade, poluição, violência, medo, desonestidade, stress, individualismo confundido com egoísmo, ganância, injustiça.

“Para quem?”. Para o respeito à vida, em todas as suas formas, saindo do antropocentrismo (homem no centro das atenções) para ver o homem como um elo da teia da vida. Neste mundo globalizado, chama-se por um olhar atento às consequências em todos os países, ecossistemas e classes sociais, considerando-se também os seres que ainda nem nasceram e aqui viverão.

“Para quê?”. Para criarmos um novo estilo de vida, resgatando práticas saudáveis de gerações passadas e estimulando a saúde. Quando adoecemos ou quando alguém adoece fica claro o quanto a saúde é prioritária na vida. Chegou a hora desta priorização da saúde (minha, de minha família e amigos, de minha casa, trabalho, lazer, comunidade, sociedade, meio ambiente). Para isto, é preciso escolher a cada dia, a cada refeição, a cada compra, a cada resíduo produzido.

Para que possamos de fato viver uma vida que ajude a construir esta nova realidade, onde conseguimos olhar os pássaros, o rio, as plantas e os sorrisos com um senso de respeito à criação divina, pertencimento, alegria e amor.

Neste sentido, trago novamente a alegria de poder espalhar ideias da Ecogreen, grupo tão comprometido com esse amor e entusiasmo com a coragem de inovar nossa vida para o bem!

Gratidão,

Mariana Maciel de Albuquerque

Mariana Maciel
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