Jornal do Commercio – 14/12/2013

Telhado vivo: a onda verde que chegou no Recife

por Manuella Antunes

Tecnologia já é muito implantada em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro

Tecnologia já é muito implantada em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro

Imagine uma cidade na qual todos os telhados de prédios e casas são cobertos de verde. E não é tinta. É vegetação. De repente, parte do calor que emana do concreto desapareceria. As famílias teriam belos jardins ou criariam áreas de lazer em meio a uma pedacinho de natureza. Uma cidade onde a biodiversidade, num piscar de olhos, aumentaria. Esteticamente mais bela, ecologicamente mais inteligente, termicamente mais confortável: seria esse um futuro possível para o Recife?

Difícil responder. O que se pode afirmar é que, ao menos, já está para ser votado na Câmara dos Vereadores o projeto de lei conhecido como Telhado Verde. Segundo o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano da Prefeitura do Recife, Antônio Alexandre, a proposta, se aprovada, estabelecerá que “toda construção residencial com mais de quatro pavimentos e as não habitacionais com mais de 400 metros quadrados de área de cobertura terão que implantar o telhado verde para serem aprovadas.”

Antônio explica que o Recife se baseou em exemplos de fora como Curitiba, cidade-modelo no Brasil, e Nova Iorque e Chicago, nos Estados Unidos. “Na Europa, a Espanha é um bom exemplo.”

Contente com a possibilidade de ver mais telhados verdes no Recife, a paisagista Marta Souza Leão é entusiasta da técnica. Ela explica que os primeiros exemplares foram desenvolvidos na década de 1960, na Alemanha, onde ainda é bastante usada, assim como na Escandinávia, nos Estados Unidos e no Canadá. “Agora é que vemos essa movimentação vindo para a América Latina. Curitiba é a pioneira, mas a capital paulista tem avançado muito nesse aspecto. Muitas empresas que criam projetos de telhados verdes estão instaladas no Sul e Sudeste e, agora, chegam as franquias aqui, no Nordeste”, diz Marta.

Para ela, a ideia torna a paisagem urbana menos artificial e contribui para um meio ambiente melhor. “Aumenta a biodiversidade e diminui as ilhas de calor”, defende.

Fonte: Jornal do Commercio

 

Catarina

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